quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Rei de Pau

Foi ontem anunciado o Manifesto "Instaurar a democracia, restaurar a monarquia" (pode ser lido aqui:   http://estadosentido.blogs.sapo.pt/1912704.html). No comunicado, assinado pelo impressionante número de 18 pessoas, lê-se que "a democracia está ausente" em Portugal e que para assegurar isso, é necessário um chefe de Estado "eleito pela História" - um rei e, nomeadamente, Dom Duarte Pio.

Primeiro - Eu bem me parecia que aquela coisa que eu faço de vez em quando que envolve meter uma cruz num papelinho numa cabina era só uma alucinação induzida pelo consumo excessivo de certos fungos. Se não fosse a clarividência destas pessoas não sei o que seria de mim.

Segundo - Eu assinava uma declaração destas em que quisessem restaurar a democracia para mim. Infelizmente, parece que o Manifesto só quer restaurar a democracia para a História, uma vez que na única menção a alguém eleger alguém, é esta a eleger o chefe de Estado. Uma democracia em que só há um votante para chefe de Estado parece-me... como hei-de dizer...? Esquisita.

Terceiro - É o Dom Duarte Pio. Não, a sério, pensem no que estão a defender, é o Dom Duarte Pio. Se é para termos um tipo manso que não faz mal a ninguém e que gagueja e se enterra de cada vez que fala, já lá temos o Cavaco. E se é por causa do bigode, pede-se já ao Aníbal para deixar crescer um (até porque ele não tem dinheiro para a lâmina de barbear nem para a espuma).

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